intercessão deve ser baseada no conhecimento de Deus
intercessão deve ser baseada no conhecimento de Deus
A vergonha e a acusação são as principais armas do inimigo contra nós, mas ideias erradas sobre quem é Deus, também criam várias barreiras à intercessão. Por exemplo, se vemos a intercessão predominantemente como uma oração em voz alta destinada a fazer Deus fazer algo que Ele não fará a menos que O forçemos, temos uma visão errada da intercessão que vem de uma visão errada de Deus.
O fundamento de nossa intercessão não é a condição das pessoas. As pessoas merecem a ira de Deus, e a realidade do inferno não é constrangedora para Deus. O inferno é um lugar de justiça e glorifica a Deus. Não entramos em intercessão para “salvar” as pessoas dos julgamentos de Deus, como se Seus julgamentos fossem muito extremos. Seus julgamentos são perfeitos. Entramos em intercessão porque Deus deseja mostrar Sua glória em misericórdia e julgamento. A questão da misericórdia é a questão de Deus. Os intercessores bíblicos entenderam isso, e sua intercessão sempre apelou ao caráter de Deus.
Não baseamos a intercessão nas necessidades das pessoas. Baseamos no desejo de Deus de mostrar misericórdia. Uma vez que percebemos que a intercessão é um ato de participação no que Deus decretou que Ele fará, isso molda radicalmente como nós participamos da intercessão.
Um verdadeiro conhecimento de Deus, remove as barreiras à intercessão, por isso devemos aprender sobre quem Deus é. Devemos saber quem Ele é para termos confiança diante Dele. Existem várias maneiras pelas quais Deus se revelou. Acima de tudo, Ele se revelou na pessoa de Seu Filho. Devemos buscar o conhecimento de Deus em primeiro lugar e acima de tudo em Jesus, que é o maior intercessor de todos.
Deus não é um ideal desencarnado ou uma divindade isolada e inalcançável. Ele é uma pessoa real e Ele escolheu se revelar de forma relacional. Dentro de si mesmo, Ele é revelado a nós como a Trindade – Deus em comunhão consigo mesmo. Embora a revelação de Deus de Si mesmo na pessoa de Jesus seja a revelação final de quem Ele é, Ele também se revela por meio de Seu relacionamento com Seu povo.
Deus declara Seus atributos na bíblia, mas a maior parte da bíblia não trás declarações isoladas sobre os atributos de Deus. A maior parte da bíblia é ocupada por histórias nas quais Deus revela Seus atributos por meio de Suas interações com Seu povo. Por exemplo, a bíblia nos diz que Deus é misericordioso e paciente, mas se nossa única referência for a misericórdia humana, nunca compreenderemos verdadeiramente a natureza da Sua misericórdia. No entanto, quando lemos a bíblia, ela revela as profundezas da misericórdia de Deus. Podemos ler as interações de Deus com Davi, que falhou espetacularmente, mas não foi abandonado por Deus. Podemos ler a história da mulher no poço e ver Jesus oferecer misericórdia de forma proativa a uma mulher desgraçada pela culpa de adultério. Podemos ler sobre a transformação de Paulo de perseguidor de cristãos em apóstolo.
Da mesma forma, podemos saber que Deus cura, mas quando Deus nos cura pessoalmente, nosso conhecimento Dele como o Deus que cura é dramaticamente diferente de quando ouvimos uma descrição de Deus como um Deus que cura. Nós conhecemos uns aos outros mais intimamente quando estamos dentro de um relacionamento, e nosso verdadeiro caráter é revelado em como reagimos às situações. É o mesmo com Deus.
As histórias da bíblia não são principalmente lições de história. Em primeiro lugar e acima de tudo, elas são revelações de quem é Deus. As histórias da bíblia são como uma tela, e os autores são como pintores, revelando-nos Deus ao contar suas histórias. Ao lermos essas histórias, formamos ideias sobre quem Deus é. No entanto, existem desafios muito reais em nossa compreensão das histórias, pois todas elas ocorrem em uma época que é muito diferente da nossa época e em um contexto cultural diferente do nosso. Além disso, a maioria de nós não lê essas histórias na língua original em que foram escritas; em vez disso, nós as lemos em versões traduzidas.
Esses desafios podem nos levar a fazer suposições erradas sobre quem é Deus, e essas suposições podem nos fazer facilmente interpretar mal quem Ele é se não estudarmos cuidadosamente como Ele se relaciona com Sua criação. Para despedaçar todo esquema do inimigo, devemos conhecer todo o contexto das interações de Deus com os grandes intercessores da história para que saibamos como nos relacionar com Ele em nosso tempo.